1 – O QUE É A DEPRESSÃO?
A depressão é uma doença psiquiátrica crônica que afeta o humor, o pensamento e o corpo. Caracteriza-se por alterações de humor, incluindo perda de interesse, falta de ânimo e tristeza profunda. Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades no mundo sofrem com essa condição. No Brasil, estima-se que 5,8% da população seja afetada pela depressão.
Alguns pontos importantes sobre a depressão:
- Diferença entre Tristeza e Depressão:
- A tristeza pode ser desencadeada por eventos cotidianos e geralmente duração mais breve e transitoria, geralmente nao levando mais de 2 semanas.
- A depressão, por outro lado, pode se instalar e passar por três estágios: leve, moderada e grave.
- A depressão leve pode ser controlada sem medicamentos, enquanto os níveis moderado e grave requerem tratamento com medicamentos e psicoterapia.
- Os transtornos depressivos envolvem uma ampla família de doenças e estão relacionada a alterações químicas no cérebro, incluindo neurotransmissores como serotonina, noradrenalina e dopamina.
- Fatores psicológicos e sociais também desempenham um papel importante, mas muitas vezes são consequência e não causa da depressão.
Lembre-se que o acompanhamento com um psiquiatra capacitado é essencial para o diagnóstico e tratamento adequado da depressão.
O tratamento da depressão requer uma avaliação individualizada, minuciosa e cuidadosa. É primordial que o profissional tenha compreensão e escuta, com formação técnica aliada a empatia. O suporte deve ser feito por um médico psiquiatra capacitado e experiente.
O Dr. Gabriel Guimarães Pereira é psiquiatra, especialista com a formação e experiencia para acolher, avaliar e acompanhar o quadro depressivo, podendo estabelecer a terapêutica mais adequada e individualizada para o suporte desta condição que causa tanto sofrimento ao individuo e seus familiares.
2 – A DEPRESSÃO NO BRASIL E NO MUNDO
O transtorno depressivo é uma doença mental que afeta o humor, o pensamento e o corpo. Ela se manifesta como tristeza profunda, perda de interesse e falta de ânimo. Aqui estão algumas estatísticas relevantes:
- Mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de depressão, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
- A depressão é a principal causa de incapacidade globalmente.
- O Brasil tem a maior prevalência da América Latina.
- 5,8% da população brasileira, o equivalente a 11,7 milhões de brasileiros, sofrem de algum quadro depressivo.
- O Brasil está atrás apenas dos Estados Unidos, onde 5,9% da população apresenta algum tipo de transtorno depressivo.
- Um estudo epidemiológico recente do Ministério da Saúde prevê que até 15,5% da população brasileira pode sofrer de quadros depressivos ao menos uma vez na vida.
- A alta incidência no Brasil pode ser explicada por:
- Dificuldade de acesso a tratamento de qualidade na rede pública de saúde.
- Estigma social persistente em relação aos transtornos mentais.
- Falta de protocolo de atendimento específico.
- A alta incidência no Brasil pode ser explicada por:
É fundamental buscar ajuda profissional e compreender que a depressão afeta pessoas de todas as idades e níveis de renda.
3 – A depressão e Casos de Suicídio
A depressão é uma doença médica grave e altamente prevalente na população em geral.
De acordo com estudos epidemiológicos, a prevalência de quadros depressivos ao longo da vida no Brasil está em torno de 15,5%. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a prevalência na rede de atenção primária de saúde é de 10,4%, isoladamente ou associada a um transtorno físico.
No Brasil, o número de mortes relacionadas transtorno depressivo cresceu 705% em 16 anos. Essa estatística é alarmante e destaca a importância de abordar a o trantorno de maneira séria e eficaz.
A alta incidência entre os brasileiros pode ser atribuída a diversos fatores, incluindo dificuldade de acesso a tratamento de qualidade, estigma social persistente em relação a transtornos mentais e falta de protocolos específicos para o atendimento dessa condição.
É fundamental buscar ajuda profissional e compreender que a depressão afeta pessoas de todas as idades e níveis de renda.
A conscientização, o tratamento adequado e o apoio emocional são essenciais para enfrentar essa doença.
4 – QUAIS OS SINTOMAS DA DEPRESSAO?
A depressão é uma doença complexa que pode se manifestar de diferentes maneiras. Aqui estão alguns dos sintomas mais comuns:
- Sensação de vazio ou tristeza, que podem ser notadas a partir de:
- expressão triste e abatida
- olhar perdido e sem brilho
- tronco curvado.
- Crises de choro.
- Pessimismo, culpa e baixa autoestima.
- Sentimentos de inutilidade.
- Vontade de se isolar dos amigos e da família.
- Falta de vontade para realizar atividades que davam prazer:
- Atividades que antes eram motivo de alegria, como tocar instrumentos, ver filmes, estar com amigos ou ir a festas, desaparece inexplicavelmente.
- Falta de energia e cansaço constante que podem impedir a realização de atividades diárias, como higiene pessoal, alimentação, trabalho ou estudo.
- A motivação para fazer qualquer coisa diminui drasticamente.
- Irritabilidade, mesmo com pequenas situações do dia a dia.
- Alterações no sono: Insônia ou hipersonia (dormir por tempo excessivo)
- Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero e desamparo persistentes.
Lembrando que cada pessoa é única, e o tratamento deve ser adaptado às necessidades individuais. Buscar ajuda profissional é fundamental para enfrentar a transtorno depressivo.
5 – O DIAGNOSTICO DA DEPRESSÃO
Os critérios diagnósticos para o Transtorno Depressivo Maior são estabelecidos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico da Associação de Psiquiatria Americana (DSM-5).
Para que o diagnóstico seja feito os sintomas devem representar uma mudança importante em relação ao funcionamento anterior e devem estar presentes pelo menos cinco dos sintomas abaixo, por no minimo duas semanas:
- Humor Depressivo**: Sentir-se triste ou vazio, notado por si mesmo ou outros, diariamente.
- Desinteresse**: Perda de interesse ou prazer em atividades, quase todos os dias.
- Alterações de Peso: Ganho ou perda de peso significativos sem dieta, ou mudança no apetite.
- Problemas de Sono: Dificuldades para dormir ou dormir demais, quase todos os dias.
- Agitação ou Lentidão: Inquietação ou lentidão observável, quase todos os dias.
- Fadiga: Sentir-se cansado ou sem energia, diariamente.
- Sentimentos de Inutilidade ou Culpa: Sentir-se inútil ou culpado sem motivo, quase todos os dias.
- Dificuldade de Concentração: Problemas para se concentrar ou tomar decisões, diariamente.
- Pensamentos de Morte: Pensamentos frequentes sobre morte ou suicídio, com ou sem plano específico.
- **Pelo menos um dos sintomas principais deve estar presentes
Esses sintomas devem causar distúrbios e prejuízos na área social, familiar, ocupacional e outros campos da atividade diária.
Vale lembrar que o diagnóstico de depressão é estabelecido por meio de uma avaliação detalhada e cuidadosa, uma vez que não existem exames complementares que permitam o diagnóstico de certeza dessa condição.
6 – QUAIS OS SUBTIPOS DO TRANSTORNO DEPRESSIVO
Os transtornos depressivos são quadros complexos que podem se manifestar de diferentes maneiras. Aqui estão alguns dos subtipos mais comuns:
- Distimia (Transtorno Depressivo Persistente):
- É um quadro mais leve e crônico.
- Os sintomas são menos intensos, mas duram pelo menos dois anos.
- A pessoa apresenta tristeza, desânimo, pessimismo e falta de vontade de agir.
- Depressão Bipolar:
- A pessoa experimenta episódios de humor extremamente deprimido que atendem aos critérios para transtorno depressivo maior, mas esses episódios alternam com períodos de mania (euforia ou irritabilidade) ou hipomania (forma menos grave de mania).
- Depressão Pós-Parto:
- Os sintomas podem aparecer nas primeiras semanas após o parto ou durante a gestação.
- Tristeza profunda, ansiedade e exaustão dificultam as atividades diárias de cuidado do bebê e de si mesma.
- Outros Subtipos:
- Transtorno Disruptivo da Desregulação do Humor
- Transtorno Disfórico Pré-Menstrual
- Depressão:
- Induzida por Substância/Medicamento
- Devido a Outra Condição Médica
Lembrando que cada pessoa é única, e o tratamento deve ser adaptado às necessidades individuais. Buscar ajuda profissional é fundamental para enfrentar o transtorno depressivo.
7 – TRATAMENTO DA DEPRESSÃO
O tratamento envolve uma abordagem multifacetada, visando aliviar os sintomas, melhorar o bem-estar e prevenir recaídas. Aqui estão os principais tratamentos:
1 – Tratamento medicamentosos:
Lembre-se que o uso destes medicamentos deve ser orientado, avaliado e acompanhado regularmente por um psiquiatra capacitado.
- Os antidepressivos ajudam a reequilibrar os neurotransmissores cerebrais, como serotonina, dopamina e noradrenalina. Exemplos incluem:
- Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS):
- São a primeira indicação para o tratamento da depressão e da ansiedade, em geral, bastante seguros, tendo provocado um impacto mundial importante após sua comercialização nos anos 1980.
- Antidepressivos tricíclicos
- São antidepressivos mais antigos, sendo menos utilizados devidos aos potenciais efeitos colaterais, mas ainda tem muitas indicações e custos mais acessíveis.
- Inibidores da monoaminoxidase (IMAO)
- São pouco usados atualmente devido a efeitos colaterais sérios, especialmente em associação com determinados alimentos, levando a necessidade de ajustes na dieta, mas ainda podem ser uteis em casos mais graves, não responsivos aos medicamentos usuais.
- Inibidores da recaptação de serotonina e norepinefrina
- Também conhecidos como antidepressivos duais, também são medicamentos de primeira linha, com eficácia e segurança equivalentes aos ISRS.
- Inibidores seletivos da recaptação de noradrenalina e dopamina:
- Carrega semelhanças com as anfetaminas, sendo considerado um antidepressivo atípico. Pode auxiliar no tratamento do tabagismo. Não tem indicação para a ansiedade, podendo inclusive piorar os sintomas ansiosos.
- Moduladores e estimuladores da serotonina
- Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS):
- Também podem ser combinados estabilizadores de humor ou antipsicóticos atípicos em alguns casos, especialmente os mais graves.
- Em casos mais severos pode ser indicada a eletroconvulsoterapia ou medicamento injetável, disponíveis em centros especializados.
2 – Psicoterapia:
- A terapia ajuda a diminuir as dificuldades emocionais, estimulando o autoconhecimento e a resolução de conflitos internos.
- Terapia cognitivo-comportamental, psicoterapia interpessoal e ativação comportamental são opções.
3 – Terapias Alternativas e Naturais:
- Atividades de lazer, passeios ao ar livre, leitura e meditação aumentam o bem-estar e a sensação de prazer.
- Praticar atividade física regularmente, combater o estresse, evitar álcool e drogas, manter rotina de sono regular também são importantes.
Lembrando que o tratamento deve ser adaptado às necessidades individuais, e a busca por ajuda de um psiquiatra é fundamental para enfrentar a transtorno depressivo.
Caso você ou alguém que conhece esteja em enfrentando os sintomas depressivos, procure um psiquiatra. O Dr. Gabriel G. Pereira poderá ajudá-lo, tendo a formação e experiencia necessária para acolher, avaliar e acompanhar o transtornos quadro depressivo, podendo estabelecer um tratamento eficaz, acolhedor e empático.
Referências:
- https://www.paho.org/pt/topicos/depressao.
- https://www.nationalgeographicbrasil.com/ciencia/2022/11/o-que-e-a-depressao.
- https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/depressao.
- https://www.minhavida.com.br/saude/temas/depressao.
- https://g1.globo.com/saude/noticia/2023/11/06/por-que-o-brasil-tem-a-populacao-mais-depressiva-da-america-latina.ghtml
- https://www.revistahcsm.coc.fiocruz.br/no-dia-mundial-da-saude-oms-alerta-sobre-depressao.
- https://exame.com/brasil/no-brasil-mortes-por-depressao-crescem-705-em-16-anos.
- https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/diagnostico-de-depressao-artigo.
- https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-do-humor/transtornos-depressivos.
- Depressão – Critérios Diagnósticos – DSM-5 — KIAI.med.br.
- https://www.tjdft.jus.br/informacoes/programas-projetos-e-acoes/pro-vida/dicas-de-saude/pilulas-de-saude/depressao-causas-sintomas-tratamentos-diagnostico-e-prevencao.
- https://www.tuasaude.com/depressao.
- https://drauziovarella.uol.com.br/psiquiatria/tipos-de-depressao-veja-os-sintomas-menos-conhecidos-do-transtorno.
- https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/depressao.
- https://br.psicologia-online.com/quais-sao-os-tipos-de-depressao-992.html.
- https://www.tuasaude.com/tratamento-da-depressao.
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