1. O que é o TDAH?
O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio do neurodesenvolvimento que se caracteriza pela desatenção, impulsividade, dificuldade de organização e hiperatividade tanto física quanto mental.
O transtorno afeta principalmente crianças, acometendo mais os meninos, mas tem sido mais identificada em adultos nos últimos anos.
Acredita-se que o transtorno esteja associado a desbalanços da dopamina (neurotransmissor com papel importante no sistema de recompensa cerebral) em regiões especificas do cérebro.
O Déficit de atenção tem ganho cada vez mais destaque nos últimos anos, com maior reconhecimento, mas também levantando questões relevantes sobre o estilo de vida atual e a medicalização excessiva.
2. QUAIS SÃO OS SINTOMAS DO TDAH
O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade é uma condição neuropsiquiátrica que afeta a capacidade de concentração, memória e controle de impulsos.
Seguem alguns dos principais sintomas associados ao quadro :
- Desatenção:
- Dificuldade em prestar atenção em detalhes.
- Cometer erros por descuido no trabalho ou na escola.
- Dificuldade em manter o foco em tarefas como assistir aulas ou ler livros
- Distração frequente por barulhos, conversas ou movimentos no ambiente.
- Hiperatividade:
- Agitação motora excessiva.
- Dificuldade em ficar parado.
- Inquietação constante.
- Impulsividade:
- Tomar decisões precipitadas.
- Dificuldade em esperar a vez.
- Falar excessivamente.
- Evitar Tarefas que Exigem Esforço Mental Prolongado:
- Tarefas como preparar relatórios ou fazer trabalhos escolares são evitadas.
- Requerem atenção constante e são menos motivadoras.
- Não Perceber Quando Lhe Dirigem a Palavra:
- Parecer não escutar quando chamado ou quando estão falando com a pessoa.
- Cabeça frequentemente “distante”, mesmo sem distração óbvia.
- Não Concluir Tarefas:
- Dificuldade em terminar tarefas dentro do tempo.
- Não conseguir copiar do quadro antes que o professor apague.
- Dificuldade de Gerenciamento do Tempo:
- Perda de prazos de entrega de relatórios e trabalhos escolares.
- Atrasos no trabalho ou na escola.
- Perder Objetos Frequentemente:
- Óculos, celular, carteira, chaves, etc. são frequentemente perdidos.
- Falta de atenção ao local onde foram deixados.
- Esquecimento de Obrigações e Tarefas:
- Não retornar ligações.
- Faltar a compromissos agendados.
- Perder datas importantes.
Lembre-se que cada paciente é unico e estes sintomas devem ser avaliados por um profissional capacitado e experiente, para estabelecer um tratamento individualizado.
SOBRE A AVALIAÇÃO COM O PSIQUIATRA:
O suporte adequado para o TDAH requer uma avaliação individualizada, minuciosa e cuidadosa, por um médico psiquiatra capacitado e experiente.
Dr. Gabriel Guimarães Pereira é psiquiatra, especialista com ampla experiência para acolher, avaliar e acompanhar o quadro dos disturbios de atenção e hiperatividade, podendo estabelecer a terapêutica mais adequada e individualizada para o suporte desta condição que pode causar tamanhos desgastes para o paciente e sua familia.
É importante que o profissional tenha compreensão e escuta, com formação técnica aliada a empatia.
2. Dados estatísticos do TDAH
Seguem algumas informações relevantes sobre o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade no Brasil e no mundo:
- Prevalência:
- A prevalência varia em diferentes estudos e populações.
- Estima-se que cerca de 5% a 8% da população mundial o transtorno.
- Dados norte-americanos apontam quase 10% do diagnóstico em crianças de 3-17 anos
- Faixa Etária:
- O diagnostico geralmente acontece na infância e na adolescência, mas os sintomas podem persistir na vida adulta, mas muitas vezes se manifestam de maneira diferente.
- Gênero:
- O TDAH é mais comumente diagnosticado em meninos, que tendem a exibir mais comportamentos hiperativos e impulsivos. Meninas, por outro lado, apresentam mais sintomas de desatenção e podem ter comorbidades como ansiedade e depressão.
- O diagnóstico em meninas pode ocorrer mais tarde na vida em comparação aos meninos, devido à sutileza de seus sintomas que podem ser facilmente atribuídos a outras causas.
- Comorbidades:
- Estima-se que 70% das crianças apresentam outra comorbidade e pelo menos 10% apresentam três ou mais comorbidades. As comorbidades mais comuns incluem transtornos de ansiedade, depressão, transtorno de conduta e transtorno de aprendizagem.
- Problemas de saúde mental:
- As crianças afetadas podem ter problemas de autoestima, depressão, ansiedade ou oposição à autoridade pela época em que alcançam a adolescência.
- Riscos associados:
- Pessoas com TDAH têm um risco duas vezes maior de contrair uma doença sexualmente transmissível. Elas ainda possuem uma probabilidade três vezes maior de fazer sexo sem preservativo – e as meninas têm um risco 3,6 vezes maior de engravidar entre 12 e 15 anos.
- Impacto na vida adulta:
- Estima-se que 35% a 78% das crianças diagnosticadas mantenham os sintomas na idade adulta. Isso pode levar a dificuldades no trabalho, nos relacionamentos e na saúde mental.
Lembrando que o diagnóstico do TDAH deve ser feito por um profissional de saúde mental, considerando critérios específicos e avaliação clínica, por um psiquiatra capacitado.
4. Diagnóstico do TDAH
O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade é diagnosticado com base em critérios clínicos. De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª edição (DSM-5), existem 3 tipos de manifestação do TDAH, e os critérios para seu diagnóstico incluem:
- Desatenção Predominante:
- Frequentemente não presta atenção em detalhes ou comete erros por descuido.
- Com frequência tem dificuldade de manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas.
- Muitas vezes parece não escutar quando alguém lhe dirige a palavra, mesmo na ausência de uma distração óbvia.
- Frequentemente não segue instruções até o fim, não conseguindo terminar seus afazeres.
- Tem dificuldade de organizar tarefas e atividades.
- Costuma evitar ou relutar em se envolver com tarefas que exijam esforço mental.
- Com frequência perde coisas necessárias para tarefas e atividades.
- É facilmente distraído por estímulos externos.
- É esquecido com relação a atividades cotidianas.
- Pelo menos seis sinais e sintomas de desatenção devem estar presentes.
- Esses sintomas devem ocorrer muitas vezes por pelo menos seis meses.
- No caso de crianças, os sintomas devem ser mais pronunciados do que o esperado para o seu nível de desenvolvimento.
- A desatenção deve interferir na capacidade funcional em casa, na escola ou no trabalho.
- Hiperatividade/Impulsividade Predominante:
- Frequentemente se mexe, ou batuca com as mãos ou pés, ou se contorce na cadeira.
- Frequentemente levanta da cadeira em situações em que se espera que se permaneça sentado.
- Frequentemente corre ou sobe nas coisas em momentos inapropriados
- Com frequência é incapaz de brincar .
- Com frequência “não para” agindo como se ficasse desconfortável ao ficar parado.
- Frequentemente fala demais.
- Muitas vezes deixa escapar uma resposta antes que a pergunta tenha sido concluída.
- Com frequência tem dificuldades em esperar sua vez.
- frequentemente interrompe ou se intromete em conversas ou atividades alheias, podendo começar a utilizar as coisas de outras pessoas sem pedir ou receber autorização.
- Pelo menos seis sinais e sintomas de hiperatividade e impulsividade devem estar presentes.
- Esses sintomas também devem ocorrer muitas vezes por pelo menos seis meses.
- Novamente, os sintomas devem ser mais pronunciados do que o esperado para o nível de desenvolvimento da criança.
- A hiperatividade e impulsividade devem interferir na capacidade funcional.
- Tipo Combinado:
- Quando há uma combinação de sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade.
- Além disso, é necessário que os sintomas estejam presentes em pelo menos duas situações diferentes (por exemplo, em casa e na escola) e que tenham se manifestado antes dos 12 anos de idade.
Vale ressaltar que o diagnóstico deve ser feito por um profissional de saúde mental com base em avaliação clínica detalhada.
5. Quais os tratamentos do TDAH?
O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade pode ser tratado de várias maneiras, dependendo das necessidades individuais. Aqui estão as principais opções de tratamento:
Medicamentos:
Os medicamentos são frequentemente usados para controlar os sintomas do TDAH. Alguns tipos comuns de medicamentos incluem:
- Psicoestimulantes: são os mais indicados. Eles ajudam a melhorar a atenção e reduzir a hiperatividade.
- Antidepressivos: Podem ser usados em alguns casos, entre estes os que tem maior ação na Noradrenalina e na Dopamina tem melhores efeitos para a atenção.
- Anti-hipertensivos: São opções quando os psicoestimulantes e antidepressivos não funcionam adequadamente.
- Antipsicóticos Atípicos: Podem ser úteis para controlar comportamentos específicos, mas não afetam diretamente a atenção.
Psicoterapia:
- A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma abordagem comum. Ela ajuda a desenvolver estratégias para lidar com os sintomas, criar hábitos melhores e promover mudanças comportamentais.
- A psicoterapia é especialmente recomendada para crianças com menos de 5 anos, quando o uso de medicamentos é menos indicado.
Opções Naturais:
Algumas medidas naturais podem complementar o tratamento:
- Técnicas de Relaxamento e Meditação: Práticas como yoga, acupuntura e shiatsu ajudam a controlar a agitação e melhorar a concentração.
- Ambiente Tranquilo: Criar um espaço com poucas distrações para tarefas que exigem concentração, como estudar ou trabalhar.
Lembrando que o tratamento deve ser personalizado, e a combinação de medicamentos e terapia é frequentemente mais eficaz.
Consultar um profissional de saúde mental é fundamental para avaliar e planejar o tratamento adequado para cada indivíduo.
Caso você ou alguém que conhece esteja em sofrimento com os sintomas do deficit de atenção, procure um psiquiatra.
O Dr. Gabriel G. Pereira poderá ajudá-lo, tendo a formação e experiencia necessária para acolher, avaliar e acompanhar o quadro de TDAH, podendo estabelecer um tratamento eficaz, acolhedor e empático.
6- Como lidar com indivíduos com TDAH
Lidar com pessoas que têm Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade requer compreensão, paciência e estratégias específicas.
Aqui estão algumas dicas para lidar com indivíduos com TDAH:
- Seja Paciente:
- São frequentes os sintomas de impulsividade e desatenção. Tenha em mente que a pessoa está lidando com uma condição especial e pode precisar de mais tempo para se concentrar ou concluir tarefas.
- Esteja Disponível:
- Ofereça apoio e esteja aberto para ouvir. Às vezes, o paciente pode se sentir frustrado ou sobrecarregado. Ter alguém para conversar pode ser reconfortante.
- Informe-se sobre o transtorno:
- Eduque-se sobre o transtorno. Quanto mais você entender, melhor poderá adaptar suas interações e expectativas.
- Planeje Atividades com Antecedência:
- Evite situações de última hora. Planeje atividades, reuniões ou tarefas com antecedência para minimizar o estresse.
- Foque nas Qualidades:
- Reconheça as habilidades e talentos da pessoa com TDAH. Concentre-se nas coisas positivas e incentive seu potencial.
- Tenha Persistência:
- Encoraje a persistência. A pessoa pode enfrentar desafios, mas incentivar a perseverança é fundamental.
- Busca Ajuda Profissional:
- Incentive a busca por ajuda profissional, como psicólogos ou psiquiatras. O tratamento adequado pode fazer toda a diferença.
Lembre-se de que cada pessoa é única, e o TDAH afeta a todos de maneira diferente.
Adaptar suas abordagens e ser compreensivo pode contribuir para um relacionamento mais positivo e produtivo.
referencias:
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- https://melhorcomsaude.com.br/como-lidar-com-o-tdah/.
- https://www.psitto.com.br/blog/tdah-como-lidar/.
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- https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/a-vida-sexual-de-quem-tem-tdah/
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